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Dona Pura e os Camaradas de Abril

Ficha Artística

Texto Original Germano Almeida
Dramaturgia Caplan Neves
Encenação e direção artística João Branco


Interpretação Pedro Lamares, Matísia Rocha, Manuel Estevão e Sócrates Napoleão.


Música Original Miss Universo

Figurinos Janaina Alves

Cenografia Teatro do Noroeste


Apoio à Residência de Escrita Associação Caboverdiana de Lisboa Apoio à Residência de Criação CRL Central Eléctrica


Produção Saaraci Coletivo Teatral / CNE Companhia Nacional de Espetáculos

 

Duração 1h10 minutos
Classificação etária M12


ESTREIA 17 MAIO 2024

FITA Festival Internacional de Teatro do Alentejo

Apoio: República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes e Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril

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Sobre o espetáculo

Diz-se, na “Dona Pura e os Camaradas de Abril”, que o 25 de Abril mudou o mundo. É plausível, quando mais não seja porque mudou o mundo em que vivem os que falam português. Celebrar esta mudança é celebrar o espaço de memória e pensamento acerca do que significa “sociedade”, “civilização” “tolerância”, “comunicação”, “respeito”, “igualdade”, “padrões”, “integridade”, “valores”, “democracia”, “descolonização”, “ação política”.


À arte em geral, e à arte dramatúrgica em particular, não cabe indicar o sentido destas palavras, mas reatualizar espaços de memória e pensamento onde estas palavras se tornam significativas. A arte serve de chaminé da realidade, projeta no céu das nossas consciências, nuvens de fumo do fogo onde ainda se cozem nossas histórias partilhadas. Quer sejam os que viveram a ditadura, os que vivem as suas consequências, os que partilham o passado de colonizadores, os que foram ou descendem dos colonizados, a nomear as imagens nas nuvens.
Para condensar toda a extensão mnésica do romance pretende-se criar um espaço dramático onde passado e presente se misturam num presente coerente, de forma a menina purificação, cuja inocência é raptada sob a sombra do poder colonial, se cruza com a jovem que se aventura em busca de identidade, amor e liberdade, à mulher madura que assiste de casa a efervescência de Abril, com sua “visão cândida e despolitizada, mas inteligente e interessada”, com a subtileza profunda, inacessível aos que acreditam na inevitabilidade da ação e do discurso político como corolário da essência humana ou dos que investem no discurso e ação políticas pelo valor meramente instrumental de que se reveste como meio para alcançar fins egotísticos.


Fiel ao propósito da obra original, a nossa adaptação procurará transitar sobre a memória de um acontecimento histórico decorrido em Portugal – Lisboa, na perspetiva do colonizado dotando um espaço de pensamento acerca do que significa “sociedade”, “civilização” “tolerância”, “comunicação”, “respeito”, “igualdade”, “padrões”, “integridade”, “valores”, “democracia”, “descolonização”, “ação política”, através das memórias da pequena História, que conferem vida aos factos da grande História.

COMENTÁRIOS

Dona Pura Merecia um livro próprio. Inesquecível e surpreendente figura de mulher, que embora assistindo ao 25 de abril sem sair de casa nos permite ter dos acontecimnetos uma visão cândida e despolitizada, mas inteligente e interessada. Ela representa a voz dos afectos e do bom senso que só se explica como um espécie de instinto profundo. 

a obra de Germano Almeida atinge uma universalidade exemplar no que respeita à plasticidade da
língua portuguesa

Mas Revolução houve, e séria, que abalou a vida de quase tanta gente como o número de personagens de que esta história se compõe.

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