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Dona Pura e os Camaradas de Abril

Ficha Artística

Texto Original Germano Almeida
Dramaturgia Caplan Neves
Encenação, Espaço Cénico e Direção Artística João Branco


Interpretação Pedro Lamares, Matísia Rocha, Manuel Estevão e Sócrates Napoleão

Direção Musical Sócrates Napoleão

Direção de Movimento e Figurinos Janaina Alves
Música Original Miss Universo
Efeitos Sonoros José Prata
Cenografista Manuel Estevão
Desenho de Luz César Fortes
Design Gráfico Nuno Miranda e João Branco

Fotografia de Cena Pedro Sardinha (FITEI)


Apoio à Residência de Escrita Associação Caboverdiana de Lisboa 
Apoio à Residência de Criação CRL Central Eléctrica
Apoio à Criação de Figurinos e Cenografia Teatro do Noroeste / CDV

 

Produção Saaraci Coletivo Teatral

Produção, difusão e promoção Companhia Nacional de Espetáculos

 

Duração 1h30 minutos
Classificação etária M12

Apoio

República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes e 
Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril

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Sobre o espetáculo

Diz-se, na “Dona Pura e os Camaradas de Abril”, que o 25 de Abril mudou o mundo. É plausível, quando mais não seja porque mudou o mundo em que vivem os que falam português. Celebrar esta mudança é celebrar o espaço de memória e pensamento acerca do que significa “sociedade”, “civilização” “tolerância”, “comunicação”, “respeito”, “igualdade”, “padrões”, “integridade”, “valores”, “democracia”, “descolonização”, “ação política”.


À arte em geral, e à arte dramatúrgica em particular, não cabe indicar o sentido destas palavras, mas reatualizar espaços de memória e pensamento onde estas palavras se tornam significativas. A arte serve de chaminé da realidade, projeta no céu das nossas consciências, nuvens de fumo do fogo onde ainda se cozem nossas histórias partilhadas. Quer sejam os que viveram a ditadura, os que vivem as suas consequências, os que partilham o passado de colonizadores, os que foram ou descendem dos colonizados, a nomear as imagens nas nuvens.
Para condensar toda a extensão mnésica do romance pretende-se criar um espaço dramático onde passado e presente se misturam num presente coerente, de forma a menina purificação, cuja inocência é raptada sob a sombra do poder colonial, se cruza com a jovem que se aventura em busca de identidade, amor e liberdade, à mulher madura que assiste de casa a efervescência de Abril, com sua “visão cândida e despolitizada, mas inteligente e interessada”, com a subtileza profunda, inacessível aos que acreditam na inevitabilidade da ação e do discurso político como corolário da essência humana ou dos que investem no discurso e ação políticas pelo valor meramente instrumental de que se reveste como meio para alcançar fins egotísticos.


Fiel ao propósito da obra original, a nossa adaptação procurará transitar sobre a memória de um acontecimento histórico decorrido em Portugal – Lisboa, na perspetiva do colonizado dotando um espaço de pensamento acerca do que significa “sociedade”, “civilização” “tolerância”, “comunicação”, “respeito”, “igualdade”, “padrões”, “integridade”, “valores”, “democracia”, “descolonização”, “ação política”, através das memórias da pequena História, que conferem vida aos factos da grande História.

COMENTÁRIOS

Dona Pura joga na nossa cara o quanto ainda há que se revolucionar. A peça, em si, é um ato de revolução na medida em que nos impele a pensar em como somos iludidos ao acreditar que no 26 de abril de 74 estava tudo bem.

Cristiane Cortês - especialista em literatura

a partir de Dona Pura - aqui mulher de língua afiada e, apesar de tudo, emancipada - cruza-se a história e os derramesno presente da colonização portuguesa, a luta de Amílcar Cabral e os ideais de abril."

Marina Duarte - jornalista (Público)

a obra explora temais sociais e políticos de Cabo Verde com um toque de ironia e humor, através dos três casamentos de Dona Pura que simbolizam três períodos distintos da história cabo-verdiana.

Catarina Pereira - jornalista (Jornal Notícias)

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